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Em tempos de crise financeira, o crédito pode ser um veneno mortal!

crise financeira

INTRODUÇÃO

Frase provocativa e parece, até mesmo, contraditória, mas vou te explicar que é a mais pura verdade. Realmente, em tempos de crise financeira, a tomada de crédito (ruim) pode ser uma ação errada que a sua empresa ou você podem praticar, que podem decretar sua morte empresarial.

CASO REAL

Lembro-me de nestes dias passados ter atendido um casal, de mais ou menos 65 anos de idade cada um. Eram de família tradicional (a quem carinhosamente chamarei de “família Myagui”). Eles gerenciavam a continuidade de um negócio que já existia em sua família por muitas gerações. A mais de 100 anos de atividade. O negócio sempre foi próspero e lucrativo, mas após a pandemia a empresa se viu com muitas dificuldades financeiras, que atingiram a vida pessoal dos sócios. A atitude deles então foi de tomar crédito do mercado para se socorrer. Ledo engano!

CRÉDITO BOM x CRÉDITO RUIM

Importante desde já afirmar, categoricamente, que não há nada de errado em tomar crédito do mercado. Muito pelo contrário, o crédito inteligente é estrategicamente bom e é um grande benefício para as empresas e pessoas. Empresas bem planejadas usam do crédito inteligente como estratégia de crescimento e aumento doas lucros.

Por outro lado, o crédito ruim, esse pode ser fatal para a empresa, como aconteceu no caso acima, da “família Myagui”.

Mas o que seria esse crédito ruim que a “família Myagui” adquiriu?

AVALIANDO E CLASSIFICANDO O CRÉDITO

Para classificar o crédito entre ruim e bom a maioria das pessoas analisaria a taxa de juros, dizendo “juros altos, crédito ruim, juros baixo crédito bom”. Porém não é bem assim e isso é uma das grandes ilusões que o mercado tradicional de crédito falsamente nos ensina (ou nos torna “desinteligentes”).

Sim, a taxa de juros é um dos fatores a ser analisado, mas não o único.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Para avaliar se um crédito é bom ou ruim você deve levar em conta estes aspectos (que são exemplos dentre vários que devem ser analisados):

  1. O tipo der crédito que está sendo oferecido;
  2. O custo efetivo do crédito (e não apenas a taxa de juros);
  3. O tempo de contratação e a prestação mensal a ser gerada;
  4. A possibilidade de redução do custo em caso de quitação antecipada;
  5. O tipo de garantia que vai ser exigida.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

Para cada pergunta, uma mais justificativas do “por que” isso é importante, vejamos:

Tipo de Crédito

1 – Ao saber o tipo de crédito, posso verificar se realmente ele é o mas estratégico para aquilo que eu necessito. Um Home Equity pode ter taxas mais atrativas que um CDC, por exemplo, mais pode exigir a garantia de um bem que eu possa precisar dele livre para outras operações. De outro lado, se o crédito for para tomada de capital de curto tempo o Home Equity é melhor que o financiamento, pois, pode ser feito (conquistado o crédito) ser a necessidade de transferência de propriedade (diminuindo os custos e facilitando os processos).

Custo efetivo

2 – O custo efetivo não se resume apenas taxa mensal nominal, e sim a todos os encargos e custos efetivos que estarão sendo pagos. E o mais importante, o quanto é a soma final de todo esse custo de aquisição do crédito. Quanto você vai pagar no final na soma de todas as parcelas (porque esse é o real custo do crédito). E o que nos gera perplexidade: pouquíssimas pessoas avaliam este custo final. A maioria se resume a analisar a prestação mensal e taxa de juros mensal nominal e nada mais, caindo em armadilhas fatais.

Tempo de Contratação

3 – O tempo de contratação é importante. Ele define o tempo que a obrigação vai existir (não apenas o tempo de contrato, mas o tempo da obrigação de pagar). Atenção aqui: nem sempre o contrato mais longo, quanto mais longo melhor. Isso porque o quanto mais longo teoricamente mais custoso (ou não!). Além disso a prestação mensal é importante demais porque impacta no caixa da empresa. O valor da prestação deve ser adequado a capacidade de pagamento que a empresa (ou pessoa) tem, pois de modo contrário é veneno mortal.

Amortização dos Custos

4 – Saber se haverá ou não redução do custo em caso de pagamento antecipado é crucial. Existem créditos que não tem juros (ou não apenas juros) e em caso de quitação antecipada do contrato não geram descontos. Existem outros que mesmo tendo juros, a amortização pelos feita mensalmente pagamentos acontece primeiro sobre os juros, o que, no tempo faz com que a quitação antecipada pouco benefício venha trazer.

Garantias

5 – Por fim, (ao menos quanto aos exemplos aqui apresentados, porque existem ainda vários outros fatores a serem analisados), o tipo de garantia exigida é também muito importante. O básico todos praticamente sabemos, que são o aval, a fiança, a imobiliária, a veicular, etc. Porém, existem diferentes garantias dentro destas que geram diferentes efeitos. No veicular, por exemplo, pode haver a alienação fiduciária ou leasing (que definem, dentre outros, se você tem a posse ou a propriedade do bem). No imobiliário, tempos pro exemplo, a alienação fiduciária ou hipoteca (dentre várias), que definem se poderá, por exemplo, fazer-se uma operação de interveniente quitante ou não (substituição do contrato por outro, mais barato, por exemplo), se haverá adjudicação compulsória em caso de inadimplência, dentre várias outras distinções.

Enfim, inúmero são os critérios a serem analisados, os quais a maioria das pessoas e empresários desconhecem, ou mesmo conhecendo não se prestam a se atentar a eles na hora da contratação do crédito, servindo os itens acima apenas para exemplificar alguns dos que devem ser observados.

Certo é que se déssemos a eles a devida atenção diminuiríamos os problemas de contratação de crédito ruim, minorando ou até afastando o risco de falência empresarial que o crédito ruim pode gerar.

O VENENO MORTAL

Voltemos agora a história da “família Myagui”. No caso deles, a empresa estava com prejuízos no caixa. A pandemia havia impactado as vendas e por um período eles usaram todo o capital de giro que tinham para manter os custos e despesas do negócio, a fim de manter ele em funcionamento. Quando as vendas voltaram a ocorrer eles precisaram ganhar fôlego financeiro para poder seguir atuando no mercado.

O que fizeram? Tomaram crédito! E mais uma vez afirmamos: não há nada de mal nisso. Precisando de crédito ele deve sim ser tomado, mas de maneira inteligente e estratégica. Crédito serve para melhorar a situação da pessoa e da empresa e não a prejudicar.

Esse crédito da “família Myagui” foi tomado junto a uma Instituição Financeira na qual tinham relacionamento. Aparentemente, aos olhos deles, que estavam sendo orientados pelo gerente de conta (que em muitos casos pensa mais na instituição para a qual trabalha e menos no cliente que atende), seria um crédito barato, com uma taxa mensal nominal de 0,89% e para ser pago em 60 (sessenta) meses. E foi o que fizeram, tomaram este crédito de R$ 3milhões de reais.

Resultado disso: por conta de outras taxas embutidas no contrato, o custo efetivo mensal da prestação chegou a 1,12% ao mês, e não os 0,89% nominais (mais de 20% mais caro que o nominado!). Isso gerando uma prestação mensal de R$ 68.936,84 e um custo final de R$ 4.136.210,40. E não para por ai, o crédito foi tomado como CGI, gerando uma hipoteca na matrícula.

COM A TERRITORIAL SEMPRE EXISTE UMA SOLUÇÃO

Quando este caso chegou até nós, especialistas em crédito, é que conseguimos mostrar para a “família Myagui” como a operação que parecia boa, (pois, segundo eles “a taxa nominal era baixa”), na verdade era muito ruim, e estava sendo um dos fatores decisivos para a falência empresarial.

Primeiro o custo efetivo era absurdamente alto (levando em conta o valor final a ser reembolsado à instituição financeira). Segundo o prazo era curto, gerando uma prestação mensal que ao longo do tempo se tornou insuportável (haja vista a sazonalidade da operação empresarial deles). E um fato que poucos se importam, mas é por demais importante, gerou gravame no imóvel por hipoteca, o que impede o interveniente quitante.

Ainda assim, após a análise da situação da empresa, dos bens da família Myagui, e da necessidade deles, conseguimos estruturar, em duas estratégias sequenciais, uma operação para eles que resultou em R$ 3milhões de crédito, a um custo muito mais baixo, e prestações muito menores. O custo mensal ficou em 0,35% ao mês (4,2% ao ano), com parcelas de R$ 30.659,51, a ser pago em 120 meses, e um custo final de R$ 3.679.141,20, muitas e muitas vezes menor que o crédito anterior.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É por isso que temos a certeza do que dizemos: Em tempos de crise financeira, o crédito pode ser um veneno mortal.

Casos como esse da “família Myagui” são muitos e acontecem todos os dias. Não porque as pessoas consomem crédito, não! Crédito é bom! E sim porque as pessoas consomem crédito errado, qualquer crédito, mal orientadas, fazendo com que parecia ajudar será fator decisivo para prejudiciar.

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